Ao vencedor, as batatas
1948. A um dos livros mais conhecidos de
Pernambuco, O tempo dos flamengos, do escritor e historiador José Antonio
Gonçalves, é recusado o prêmio Othon Bezerra de Melo. A Academia Pernambucana
de Letras – a quem cabia a escolha – prefere eleger a coletânea de versos de
Oscar Brandão, um dos seus. Mauro Mota rebela-se. Publica no Diario, no dia 22
de agosto, a crônica Ao vencedor, as
batatas. Um livro de “sonetos e cantatas de aceitação apenas doméstica”,
escreve, suplanta um ensaio histórico que se tornaria clássico da
historiografia brasileira. Mauro Mota esbraveja. Escreve que a literatura “nada
tem a ver com as loas vergonhosamente conduzidas aos cornos da lua e que nada
mais valem do que algumas moedas de dez tostões fabricadas em Tejipió”. A
crônica consta do livro O suplemento e
Mauro Mota, organizado pelo jornalista Jodeval Duarte, editado pela
Comunigraf, em 2001, ano em que o poeta faria 90 anos.
Obs. Ilustração pintura de Botero
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