Um poema de Esman Dias
Poética
para Everardo Norões
A aranha esquiva
do teu poema
se indociliza
na tua mão
Morna e lasciva
pétala, flanco,
sabem teus dedos
tangê-la, mansos?
Sossegue imóvel
tua ciência;
hiberne lento
teu coração
Deixa que a aranha
do teu poema
navegue a seda
da tua mão.
(Ilustração: Paul Klee)
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