Detrás da janela,
uma lua qualquer.
Prefiro a borboleta girando,
movida a bateria solar:
luz com destino certo,
a marcar
o tom escuro do calendário.
Ele cantou:
‘A saudade não é um rosto que fica,
é trem na montanha’.
Um trem passa.
A montanha permanece
na sua imobilidade primeira.
Sem rosto ou disfarce.
E a borboleta volta a girar.
Enquanto desligam
os últimos tubos da vida
e os aviões procuram
vagos destroços
no mar...
uma lua qualquer.
Prefiro a borboleta girando,
movida a bateria solar:
luz com destino certo,
a marcar
o tom escuro do calendário.
Ele cantou:
‘A saudade não é um rosto que fica,
é trem na montanha’.
Um trem passa.
A montanha permanece
na sua imobilidade primeira.
Sem rosto ou disfarce.
E a borboleta volta a girar.
Enquanto desligam
os últimos tubos da vida
e os aviões procuram
vagos destroços
no mar...
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Para Armando Lessa (1955-2009), i.m.
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A ilustração é de Paul Klee, intitulada Ad Parnassum
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