A paisagem nas nuvens
Quem leu Los siete locos, ou El Lanzallamas, ou conhece o fascínio exercido por Roberto Arlt sobre toda uma geração de escritores latino-americanos, deve ler o último lançamento com escritos inéditos do escritor argentino: El paisaje en las nubes (Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de Argentina S.A. 2009. 766 páginas). São crônicas escritas por ele para o jornal El Mundo, entre 1939 e 1942 (ano de sua morte). Interpretações muito especiais em torno da notícias que recebia das agências de imprensa, num momento complexo da história moderna, marcado pela ascensão do nazi-fascismo. Sobre o livro escreveu Ricardo Piglia: “Arlt trabalha diretamente sobre a interpretação da notícia. Essas crônicas estão construídas basicamente sobre uma cena de leitura: Arlt comenta as notícias das agências que lê. E seu modo de ler é extraordinário. Amplifica, expande, associa, muda de registro e de contexto as notícias que recebe. E as revela, as torna visíveis. Arlt intitulou a maioria de suas crônicas usando o modelo de uma técnica gráfica (as águafortes, o ácido que fixa as imagens) porque quer fixar uma imagem, registrar um modo de ver.
Quem leu Los siete locos, ou El Lanzallamas, ou conhece o fascínio exercido por Roberto Arlt sobre toda uma geração de escritores latino-americanos, deve ler o último lançamento com escritos inéditos do escritor argentino: El paisaje en las nubes (Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de Argentina S.A. 2009. 766 páginas). São crônicas escritas por ele para o jornal El Mundo, entre 1939 e 1942 (ano de sua morte). Interpretações muito especiais em torno da notícias que recebia das agências de imprensa, num momento complexo da história moderna, marcado pela ascensão do nazi-fascismo. Sobre o livro escreveu Ricardo Piglia: “Arlt trabalha diretamente sobre a interpretação da notícia. Essas crônicas estão construídas basicamente sobre uma cena de leitura: Arlt comenta as notícias das agências que lê. E seu modo de ler é extraordinário. Amplifica, expande, associa, muda de registro e de contexto as notícias que recebe. E as revela, as torna visíveis. Arlt intitulou a maioria de suas crônicas usando o modelo de uma técnica gráfica (as águafortes, o ácido que fixa as imagens) porque quer fixar uma imagem, registrar um modo de ver.
O livro de Arlt revela um jornalismo feito por um escritor excepcional, que transforma a simples notícia em literatura...
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