Miguel Torga passou 60 anos escrevendo seu Diário. No dia 3 de dezembro de 1935, em Vila Nova, anotou: "Morreu Fernando Pessoa. Mal acabei de ler a notícia no jornal, fechei a porta do consultório e meti-me pelos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era."
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Um comentário:
que palavras, amigo, amargas e verdadeiras...
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