quarta-feira, 7 de dezembro de 2011




Sócrates, o filósofo

Recebi, ontem, este e-mail de Hildebrando Pèrez Grande, poeta peruano, nosso amigo. E corintiano. Traduzo:

“Querido poeta, há alguns anos, lá pelos anos 80, conversava com uma amiga, esposa de um bom narrador peruano dos anos 40: José Diez Canseco, autor de romances e contos, cujos personagens eram marginais tanto das classes mais altas, quanto das mais humildes. Um bom narrador. Ela me contou esta história que nos pinta o real e maravilhoso que somos.
Eles tinham duas filhas primorosas e, uma delas, Carmen Rosa, era muita minha amiga; casada, com três filhos, e o menor, José, de uns dez anos, amante de futebol e da equipe daqueles anos. Certo domingo, na sobremesa, José surpreendeu sua avó quando ela lhe perguntou o que ele gostaria de ser quando fosse grande. O futebolista em promessa disse, sem hesitar: Quero ser como Sócrates.
A avó, após derramar umas lágrimas de emoção e de recordar o marido já morto, disse ao neto: Pois bem, José, terás a chave da Biblioteca de teu avô, lembra que era muito valiosa essa biblioteca, nela poderás preparar-te muito bem para tua carreira de filosofia.
Que filosofia, disse o neto. E a avó respondeu, mas como, se acabas de me dizer que queres ser como Sócrates. E o neto: Não preciso de biblioteca, mas de um campo onde possa treinar todos os dias depois do colégio. Obviamente, a avozinha não sabia que havia um jogador que era uma estrela que muitos admiravam, entre eles José e eu.
Saúde, contigo e com Sonia, e com Sócrates, não o grego, o brasileiro."

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