sábado, 25 de julho de 2009


Padre Gomes e o Río de la Plata...

Padre Antonio Gomes de Araújo. Meu professor e um dos maiores historiadores do Ceará, da escola de Capistrano de Abreu. Batina negra, com larga faixa a esconder um 38 duplo, segundo as más línguas. Temido – não só dos alunos – , um dia, em plena aula, caiu da cadeira. Ninguém ousou mexer-se. De súbito, levanta-se, aponta o indicador e sentencia:
-Agora, podem rir!
Numa de suas aulas, a temível inquirição, feita sempre de surpresa.
- Quem foi o descobridor do Rio da Prata?
Apesar de bom aluno de sua matéria, não sabia responder.
De pronto, um colega sopra:
-Juan Diaz Solis!
Salvei-me e nunca mais esqueci Juan Diaz Solis.
Às margens de Colonia del Sacramento, Uruguai, relembro o episódio.
E saboreio as Crônicas del Rio de La Plata, seleção e prólogo de Horacio Jorge Becco, publicadas pela Ayacucho, excelente biblioteca on line do governo bolivariano da Venezuela. E ali está o relato de Francisco Lopez de Gomara (1511-1560), “cronista da Índias”, que nunca esteve por estes lados, mas ouviu de outros os relatos que escreveu, entre os quais “o da empresa de conquista do Rio da Prata, em que o navegante Juan Diaz Solis encontrara uma terrível morte nas mãos dos índios no ano 1516”...
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