sexta-feira, 14 de maio de 2010


Poesia portuguesa na Fundação das Casas de Fronteira e Alorna



O surrealismo português é tema de uma série de leituras no Palácio Fronteira, conhecido pela azulejaria do século XVII. Fomos introduzidos ali pelo poeta Nuno Júdice, que acaba de lançar o livro Guia de conceitos básicos (D. Quixote, 2010). No meu blog, incluí um de seus textos. Ontem foi a vez de leituras de poemas de António Pedro (1909-1966), muito menos conhecido entre nós do que Alexandre O’Neill ou Mário Cesariny, pertencentes ao mesmo grupo literário. Além de poeta, António Pedro foi crítico, teatrólogo, artista plástico. Circulou nos meios intelectuais de Lisboa, Londres, Paris e morou no Brasil, em 1940 e 1941. Na ocasião, sua pintura foi motivo de um ensaio de Ungaretti, o poeta italiano que na época residia em São Paulo.
Curioso, o ‘surrealismo’ do poeta António Pedro: mescla de resquícios do Simbolismo, algo de Mário de Sá-Carneiro e investidas em experiências imagéticas. Não conseguimos descobrir ainda o que diferencia o surrealismo português do seu homônimo francês, inaugurado por André Breton...

P.S. As leituras ocorrem na Sala das Batalhas, onde oito painéis de azulejos narram as oito batalhas das Guerras da Restauração (1640 -1668). Um dos leitores dos poemas é o dono da casa, muito simpático, Fernando Mascarenhas, também 13º Conde da Torre, 12º Marquês de Fronteira, 13º Conde de Coculim, 14º Conde de Assumar e 10º Marquês de Alorna...
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